Construção de uma Situação de Aprendizagem com a crônica
“Avestruz”, de Mário Prata
6º ano
Competências e habilidades
·
Reconhecer as características do gênero crônica
literária;
·
Possibilitar ao aluno tornar-se um leitor e
produtor competente de crônicas.
Procedimentos da
atividade
ATIVANDO CONHECIMENTOS PRÉVIOS...
1.
Procure, inicialmente,
analisar o conhecimento prévio dos educandos quanto à crônica e ampliar esse
conhecimento. Para tanto, é interessante iniciar pela discussão oral, fazendo
levantamento de hipóteses, provocando um debate em sala, baseado nas seguintes
questões:
• Você sabe o que é uma crônica?
• Você já leu alguma crônica? Qual?
• Quem era seu autor?
• Você conhece algum cronista brasileiro? Qual?
• Em que lugar as crônicas são veiculadas?
Use o quadro
para anotar as respostas dos alunos.
2.
Mostre para o grupo
jornais com a publicação de crônicas. Faça-os circular e peça aos alunos que os
observe. Exponha também livros de crônicas, peça que os alunos os folheiem.
·
Quem seriam os prováveis leitores de crônicas?
3.
Apresente aos alunos
algumas características do gênero crônica.
A crônica tem como estilo
uma narrativa breve, sem aprofundamento
da análise,com
abordagem reflexiva, subjetiva e
comunicativa, que conta
ou comenta histórias da vida cotidiana.
mesmo com alguém da sua família. Mas uma coisa é acontecer e outra é
escrever
sobre esse fato. Na leitura de
algumas crônicas, você pode notar como esse tipo
de narração ganha um interesse especial.
Seus personagens são definidos
apenas quanto ao momento da ação, falando-se
muito
pouco sobre eles.
O desenvolvimento da crônica está
intimamente ligado ao espaço aberto,
principalmente na imprensa.
Esse gênero textual pode
apresentar-se ora humoristicamente, ora
dramaticamente, mas quase sempre com
sátiras.
LEVANTANDO HIPÓTESES... E CHECANDO-AS....
1.
Apresente aos alunos o
escritor Mário Prata.
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Prata Acesso em 05mai2013
·
Se “como escritor, [ele] se envolveu em todos os
setores que a atividade pode abordar”, vocês acham que ele pode ter escrito
crônicas?
2.
Distribua a primeira
parte do texto (abaixo), propositalmente, sem o título. Leia, em conjunto, as
perguntas que devem ser respondidas, em duplas, a partir da leitura.
·
Qual é o gênero do texto?
·
Quais são os elementos do texto que
fazem vocês chegarem a essa conclusão?
·
O que vocês poderiam escrever nas lacunas para
completar o texto? Em que vocês se basearam para chegar a essa resposta?
·
Vocês consideram que esse seria um bom presente
para um garotinho que vive em um apartamento? Por quê?
·
Vocês têm animal de estimação? Qual?
·
Se não têm, gostariam de ter? Qual?
·
Esse seria um tema interessante para se
construir um texto?
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma
___________. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São
Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi
aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as ______________. Tem
uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de
_____________. E se entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A
____________ foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a
_____________, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter
criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto
pesa uma a_______________? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha
amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que
não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de
asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para
evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois
dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo.
Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou
para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o
nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em
forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu
corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas
vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando
depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma ____________com TPM é
perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho
da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de ________correndo
pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma __________ para ele de avião, no
domingo. Não sabia mais o que fazer.
3.
Distribua a parte final
do texto e promova uma discussão a respeito dos nomes de animais que foram
escritos nas lacunas: alguém acertou que se tratava de um avestruz?
·
O que vocês acharam da descrição que o narrador
fez do avestruz? Ela foi suficiente para que vocês descobrissem de que animal
se tratava?
·
Houve ironia em tal descrição? Com qual
finalidade?
·
Com que estratégia o narrador demoveu o
garotinho de sua intenção de ganhar um avestruz? Vocês concordam com essa
estratégia? Por quê?
·
A desistência de ganhar um avestruz como presente eliminou o problema em relação aos animais
de estimação que o garotinho pretendia ter? Por quê?
·
Essa crônica pode nos conduzir a uma reflexão
sobre o convívio que os grandes centros urbanos nos permitem ter com os
animais. O que vocês pensam disso?
·
Para a criança o que, numa escala de valores,
tem mais importância: o animal de estimação ou seus pertences, inclusive
aqueles do mundo digital? O que vocês pensam disso?
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente,
inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina
digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente,
chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz
por cinco gaivotas e um urubu.
LEVANTANDO AS CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO...
·
Esse texto está ligado à vida cotidiana?
·
Ele é uma
narrativa? Por quê?
·
A linguagem é simples, ou seja, aquela que
usamos no a dia?
·
O texto
diz coisas sérias a partir de uma aparente conversa fiada?
·
Em que
pessoa o texto foi narrado?
·
Você acha
que há no texto a presença do humor?
·
É um
texto rápido de ser lido?
·
Onde você acha que aparecem textos como estes?
2. Ofereça- lhes a crônica “Da utilidade dos Animais”, de Carlos Drummond de Andrade para leitura e proceda a uma comparação entre as duas crônicas, enfatizando as características do gênero. Faça tal comparação em uma roda de conversa, conduzida por questionamentos a respeito do gênero textual crônica.
2. Ofereça- lhes a crônica “Da utilidade dos Animais”, de Carlos Drummond de Andrade para leitura e proceda a uma comparação entre as duas crônicas, enfatizando as características do gênero. Faça tal comparação em uma roda de conversa, conduzida por questionamentos a respeito do gênero textual crônica.
3. Peça aos alunos que redijam um pequeno texto informativo sobre o que sabem sobre o gênero textual crônica.
APROFUNDANDO CONHECIMENTOS...
1. Possibilite,
numa atividade interdisciplinar com geografia , que os alunos desenvolvam uma pesquisa a respeito da
vida nas capitais citadas na crônica- São Paulo e Florianópolis (Floripa).
·
Seria Floripa um lugar mais propício do que São
Paulo ao convívio com os animais? Por quê?
AVALIANDO...
2.
Por fim, os alunos produzem, em duplas, uma
crônica a partir de uma situação estranha do cotidiano, envolvendo o convívio
com animais.
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